O plano surgiu faz tempo. Maturou, se ajustou. Foi se aconchegando na mente. Então, o presente que ganhei do meu querido Coiote. E lá estava eu, sentada na maca do estúdio de tatuagem.
É como tornar visível um compromisso que eu assumi faz tempo. É colocar uma devoção em nível físico. Tornar indelével. Não é algo de um verão, não é um momento. É o compromisso maior que tenho, para a vida inteira. É uma declaração de amor, também. Acho que é uma declaração de amor, mais do que tudo.
Agora, ela já é parte de mim, e eu quase consigo não ficar olhando a marca sobre a pele feito besta. É como se eu tivesse nascido assim. Minhas tatuagens me são tão naturais que me parecem orgânicas.
Eu escrevi um dia desses que queria uma vida feita de hera e rosas. E é assim que marquei minha pele. A rosa, que fiz como compromisso eterno com a arte e a beleza, e que com a passagem dos anos passei a ver como uma marca devocional para Afrodite. E agora, a hera. Um amor que não sei colocar em palavras, porque é arreton.A presença de Dionísio e tudo que ele significa.
Essa foi a primeira foto que tirei quando a cicatrização já estava quase ok. No dia 25 de agosto, no jardim da Casa das Rosas, para mim, sempre e sempre o lugar onde Dionísio e Apolo tomam chá e dividem um cigarro.
Agora, meu corpo tem uma "god mark". Eu carrego na pele a hera e a rosa.
(e o plano prossegue: quando eu me sentir pronta, no pé esquerdo vai o louro e o nome de Apolo. Mas não tenho pressa. Como eu disse, é para ser orgânico. como o crescimento das plantas)
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
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