tag:blogger.com,1999:blog-77910617724144470422024-02-02T15:58:53.764-03:00Depois da DançaSarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.comBlogger62125tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-60451830491037661332016-10-29T03:40:00.001-02:002016-10-29T03:40:44.694-02:00Noites de outubro e vasos de heraAs vezes a vida nos atropela. É estranho porque não acontece de repente, é algo gradual. Quando você se dá conta, está afogado em tanta coisa que não dá conta de respirar.<br />
<br />
Acho que a única constante nesse caos foram os deuses. Não importa que espiral de loucura eu estivesse enfiada até o pescoço, minha relação com o divino sempre foi uma pequena ilha de estabilidade onde me ancorar.<br />
<br />
Tenho aprendido um bocado. As vezes, é puxado. As vezes, você retorna para as coisas mais simples.<br />
<br />
Como um vaso de hera.<br />
<br />
Eu tive vasos de hera algumas dezenas de vezes. Pode parecer besta, porque depois que está adaptada é uma planta que se vira por conta própria. Mas em vaso, exige uma manutenção simples mais constante. Regar pelo menos uma vez por dia, mas dependendo do clima, duas. A terra precisa estar sempre úmida. é uma planta "fria" que não se dá bem com sol forte, mas precisa de luz.<br />
<br />
E se você vacila, ela seca.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIwwvy75Zgmkw1ulv46CXBpj-pKffpjD0jCEFVZPU-qdjMR9TupBAeeyVt-SAQRpArmbx-JVweN7Oyv_L_LaQKvk_TKN5iGdCZoejZHEAlWNNbj5k1ebn6TX7IUcv0NE50DuyCUT53XHXV/s1600/rosas+e+hera.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIwwvy75Zgmkw1ulv46CXBpj-pKffpjD0jCEFVZPU-qdjMR9TupBAeeyVt-SAQRpArmbx-JVweN7Oyv_L_LaQKvk_TKN5iGdCZoejZHEAlWNNbj5k1ebn6TX7IUcv0NE50DuyCUT53XHXV/s320/rosas+e+hera.png" width="311" /></a>Acho que é muito didático do processo de devoção, o cuidado com as plantas. Mais ainda quando se é devota de uma divindade que é assim, vegetal, em sua natureza.<br />
<br />
Uns dois anos atrás, eu escrevi uma anotação meio assim "por uma vida de rosas e hera", "quero uma vida de rosas e hera". As duas plantas registradas na minha pele, e carregadas de tanto valor simbólico.<br />
<br />
Foi logo depois que eu me vi às voltas com meu vaso de hera que meu companheiro decidiu que queria plantar rosas. E perto da jardineira de heras, porque eu sempre procuro variedades diferentes dela, foi surgindo uma linha de vasos de rosas.<br />
<br />
Eu tenho uma grande rosa alba no jardim. Ela tem mais ou menos minha idade. Dá cachos de rosas toda lua nova, que chegam a ter vinte, trinta rosas em um cacho. É uma roseira boa para fazer remédio. Mas as rosas coloridas dos vasos tem uma outra natureza, não é a serenidade ampla do espinheiro cobrindo o muro, é aquela explosão de cor em um espaço tão restrito.<br />
<br />
A vida, apesar do caos, se fixou em rosas e hera. E a hera anda tão luxuriante que eu preciso comprar outra jardineira, porque ela tem se espalhado e criado caminhos, tentando buscar mais espaço, a jardineira explodindo em tons de verde.<br />
<br />
O verão vai abrindo caminho na primavera e nessas noites quentes, eu me sento na varanda para escrever. Até aqui, ao que parece, eu poderia escrever em noites assim. <br />
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Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-22929321982324251022015-06-26T17:03:00.000-03:002015-06-26T17:17:06.951-03:0026 de junho - em memória de Juliano<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmmUBOOlBFNzHFNEpmYu2J0ALc1vCGQNfYvkG1jXP6spGrKthotP3NBiAweMnOSx6ndbdMg_ke7bfpl0gtoPYwJCU_UAzlPa-t3ndscICrHfSs_PUPfA7foX3BNay9XnvRM3kiXU7-rKa5/s1600/26+de+junho+2015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmmUBOOlBFNzHFNEpmYu2J0ALc1vCGQNfYvkG1jXP6spGrKthotP3NBiAweMnOSx6ndbdMg_ke7bfpl0gtoPYwJCU_UAzlPa-t3ndscICrHfSs_PUPfA7foX3BNay9XnvRM3kiXU7-rKa5/s400/26+de+junho+2015.jpg" width="400" /></a></div>
<i>"Que todas as pessoas vivam em harmonia ... Os homens devem ser ensinados e conquistados pela razão, não por golpes, insultos e castigos corporais."</i><br />
<br />
Essas palavras são do Imperador Juliano. Que seus detratores chamaram "o apóstata" quando ele era de fato, o mais piedoso. <br />
<br />
Hoje relembramos a morte dele. Por uma lâmina que era provavelmente romana, por ter sido ele o defensor da liberdade religiosa. Por ter sido ele o homem sábio que estava disposto a dar liberdade de culto mas que combateu as vantagens estatais dadas aos cristãos. Juliano que permitiu que os judeus pudessem demonstrar sua fé livremente, coisa que os cristãos não permitiam. Que considerava que os caminhos antigos deveriam ter seu espaço de direito. Que exigiu que o pensamento racional estivesse no comando e não a vontade de quem queria impor sua forma de pensar. <br />
<br />
Juliano, que instava as pessoas a buscarem sua própria verdade. Juliano, o neo platônico que não exigia de ninguém que pensasse como ele: mas exigia que ninguém interferisse na forma como outros fossem expressar sua fé. <br />
<br />
Hoje, diante de um estado de totalitarismo religioso cada vez mais pesado, diante dos desmandos, do assassinato e da perseguição que mais uma vez os "galileus" como ele diria, demandam quando chegam ao poder, hoje mais do que nunca eu ergo a sua bandeira. <br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqJAv4TNExz5TiyCWmfgqt8L6lbhdKBYdhCMtJtCfp1QCsvA8CY7IFQ52wtfWc1cY7DfVlnrfKZyHQweQwWtboZzLhNpM5AGR0h9P6iEw5tDJl0N5IV7qb4cevZZWHEM5rEJLdpbejX8CO/s1600/220px-IVLIANVS.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqJAv4TNExz5TiyCWmfgqt8L6lbhdKBYdhCMtJtCfp1QCsvA8CY7IFQ52wtfWc1cY7DfVlnrfKZyHQweQwWtboZzLhNpM5AGR0h9P6iEw5tDJl0N5IV7qb4cevZZWHEM5rEJLdpbejX8CO/s1600/220px-IVLIANVS.gif" /></a>Hoje, mais do nunca, eu ergo minha chama na direção do por do sol e relembro o imperador asceta, o general filósofo. O por do sol que assistiu a chama de Juliano se apagar. <br />
<br />
Seus soldados esperam por você. <br />
<br />
Esperamos por um tempo onde seu ideal de liberdade e tolerância religiosa não seja algo que os galileus estejam tão dispostos a destruir. <br />
<br />
Que o Sol Invicto se erga sobre um mundo onde a bandeira de Juliano tremule trazendo tolerância.<br />
<br />
Termino com mais uma citação de Juliano:<br />
<br />
<i> "Enquanto for escravo das opiniões da maiora, você ainda não terá se aproximado da liberdade ou provado seu néctar... Mas eu não quero dizer com isso que devemos agir de forma vergonhosa diante de todos os homen, e para fazer o que não devemos; mas que tudo o que fizermos ou nos abstermos, não vamos fazer ou deixar de fazer apenas porque a multidão de alguma forma considera honroso ou certo, mas porque é proibido pela razão e pelo divino dentro de nós."</i>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-52846445825270540662014-01-05T05:06:00.000-02:002014-01-05T06:26:38.737-02:00Leto e contemporaneidade - a questão trans*Claro que a gente não pode esperar dos mitos uma relação direta com questões contemporâneas, mas eu tenho pensando muito em Leto conforme me envolvo mais com <a href="http://transfeminismo.com/" target="_blank">a causa transfeminista</a>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3C7xkqjSg4U-RY6jVddBW-3oKMCtpQTiL1vyMxxmOB_-KyK3MEXCT-CqXILIADnBOdTxkZ9e-TtSWObda7OKUs_Ry78M8yqR5z3NpVowonBGSjPbIB6V_MwDSpYUptoNs__1XktkgHzrR/s1600/Leto_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="274" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3C7xkqjSg4U-RY6jVddBW-3oKMCtpQTiL1vyMxxmOB_-KyK3MEXCT-CqXILIADnBOdTxkZ9e-TtSWObda7OKUs_Ry78M8yqR5z3NpVowonBGSjPbIB6V_MwDSpYUptoNs__1XktkgHzrR/s1600/Leto_1.jpg" width="320" /></a></div>
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<br />
<br />
Já faz um bom tempo em que eu tenho pensado na relação de Leto com quem é trans*. Uma protetora, patrona dessa causa. <br />
<br />
Um dos mitos de Leto dizem respeito a um jovenzinho chamado Leukippos, na cidade de Phaistos, em Creta. <br />
<br />
A mãe de Leukippos se chamava Galatea. Quando ela ficou grávida, o pai, Lampros, orou aos deuses pedindo por um filho, e disse a Galatea que caso a criança que nascesse fosse uma menina, ele mataria o bebê. <br />
<br />
Ele, que era pastor, não estava em casa quando a criança nasceu. Uma criança designada como menina. <br />
<br />
E ai vem a ponta interessante. Galatea teve sonhos e visões que diziam que que a criança deveria ser criada como um rapaz.<br />
<br />
<br />
<br />
E foi assim que Leukippos foi crescendo, como um garotinho cretense qualquer. Até que chegou a adolescência e suas transformações, e Galatea, em desespero de medo pela possibilidade do marido matar o filho e porque já não tinha como esconder a situação, foi até o templo de Leto, rezando e implorando com desespero para que Leto ajudasse. Outras versões dão conta de que Leukippos foi prometido em casamento a uma moça por quem estava apaixonado, e que procurou o templo de Leto com a mãe às vésperas do casamento implorando ajuda por causa disso. <br />
<br />
E Leto, comovida pela situação, mudou o corpo de Leukippos para que ele se adequasse à sua identidade. <br />
<br />
Por isso ela foi conhecida pelo epíteto <i>Phytie</i>, enxertadora, porque a mudança genital foi comparada à enxertia. E a partir daí havia um festival em Phaistos celebrando a situação - a <i>Ekdysia</i>, desnudamento, porque Leukippos foi despido do peplo de menina para se vestir como rapaz. E no templo de Leto inclusive havia uma estátua dele celebrando a coisa toda, já que ele provavelmente foi cultuado como herói. <br />
<br />
<br />
<br />
Claro que a gente não pode comparar uma sociedade e sua realidade com outra, mas trazendo para um olhar contemporâneo, eu acho esse mito muito bonito. Primeiro, os sonhos/visões de Galatea: Leukippos não era uma menina, não devia ser criado como menina, mas como menino. <br />
<br />
Depois, a ideia do milagre, e penso que em um processo tão delicado e difícil quanto vivenciar uma redesignação, o quanto isso não coloca Leto como uma protetora de quem passa por esse processo. Em um mundo onde as mães muitas vezes viram as costas para os filhxs, essa presença maternal divina tendo um olhar de cuidado para quem está nessa situação. <br />
<br />
E então nós temos Leto, a mais gentil, e ao mesmo tempo, aquela que
defende os filhos com a fúria de uma loba, transformando gente em sapo e
ordenando massacres para proteger seus filhos, tendo um olhar de amparo sobre essa população.<br />
<br />
Eu fico pensando em como os mitos menos mainstream as vezes carregam delicadezas que ajudam a dar significado para a vida. Claro que para mim como devota e politeísta, isso reforça minha sensação de que tenho uma motivação extra em apoiar essa causa. Mas no geral, os mitos são, seja a pessoa ligada àquela religião ou não, um jeito de dar forma e significado para as experiências. De percebermos que sempre temos heróis em que nos espelhar e de que nunca estamos sozinhos: muitos já navegaram esse rio antes, e estão ao nosso lado.<br />
<br />
<br />
Acima de tudo, nesta noite, fica meu desejo de que esse olhar gentil de Leto minimize as dores que nossa sociedade ainda tão binária e preconceituosa causa às pessoas. <br />
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<br />Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-60389709293179725102013-06-17T17:10:00.000-03:002013-06-17T17:10:45.749-03:00Diante das manifestações e tudo o mais...O helenismo prevê uma religião cívica. Envolvida com as questões da pólis. Por isso, em tempos de Revolta do Vinagre, escrevi esse rito para pedir o auxílio dos deuses para essa causa. <br />
<br />
Divulguem a vontade. <br />
<br />
<a href="https://www.dropbox.com/s/uiehh0r73n58m65/Rito%20aos%20moldes%20hel%C3%AAnicos%20para%20auxiliar%20as%20manifesta%C3%A7%C3%B5es.pdf" target="_blank">Peguem o PDF do rito clicando aqui.</a><br />
<br />
Lembrando que <a href="http://fabulasdeesopos.blogspot.com.br/2012/09/hercules-e-o-carroceiro.html" target="_blank">não adianta rezar e não se mobilizar</a>. <br />
<br />
E lembrando que essa é uma iniciativa pessoal minha não relacionada com nenhum grupo helênico a quem eu possa ser relacionada.Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-28722186379910059222012-11-22T14:18:00.000-02:002012-11-22T14:18:59.181-02:00A mênade e o mongeNão se falavam muito. Estavam afinal, cada um sentado em uma montanha, com uma ravina enorme entre eles. E para quem olhasse sem saber, nada seria mais diferente do que aqueles dois.<br />
<br />
Ele, com suas vestes compridas e escuras, e seu chapéu, sua barba densa, seu silêncio, seu rosário.<br />
Ela, vestida de açafrão, sua coroa de hera, seus pés descalços, seu grito, seu tirso.<br />
<br />
Mas quando a manhã a encontrou deitada sob o sol que nascia, apoiada no rochedo olhando o céu, ele estava de mãos erguidas na direção do mesmo sol, e cantava, um tom grave e monocórdio que a comoveu. E ele sentou sobre o rochedo da sua própria montanha, e contemplaram em silêncio o mesmo céu durante horas.<br />
<br />
E quando ela dançou, diante do fogo do altar, hineando seu senhor com palavras amorosas sob as estrelas, ele se comoveu. E respondeu com as palavras de amor que dedicava ao seu próprio senhor. E um canto respondia ao outro.<br />
<br />
Sentados na beira do abismo, balançando os pés no vazio, conversavam sobre amor, as palavras entrecortadas sendo carregadas pelo vento. Precisavam esperar o vento mudar de direção, para ouvirem a resposta do outro. Mas agradeciam a gentileza do vento mesmo assim. E eram dois adolescentes falando dos Amados, trocando confidências de primeiro amor.<br />
<br />
Ela descia a montanha e se encontrava com mulheres que riam e filósofos de estranho olhar. E ele descia a montanha e se encontrava com homens que riam e filósofas de estranho olhar. E se encontravam nas mesmas assembléias para falar de história, política e poesia, e subiam de volta suas montanhas com belas lembranças.<br />
<br />
Ela se encontrava com sátiros e ninfas, e bons daemons que levavam sua voz ao éter. Ele se encontrava com ninfas e sátiros, e anjos que levavam sua voz ao éter. <br />
<br />
Seus cantos falavam de um deus que tinha longos cachos e caminhava pelo mundo levando alegria e vinho. Falavam de sacrifício divino e de libertação. E cada um com sua voz e sua visão, viviam a delícia do amor divino.<br />
<br />
Contemplação e dança, oração e canto, e acima de tudo, o amor apaixonado por um deus.<br />
<br />
Diferentes deuses, diferentes vozes. O mesmo amor pelo Amado, a mesma contemplação da doçura. A mesma escura noite.<br />
<br />
Não importava o que dissessem nas cidades, aqueles que seguiam ao invés de amar. Ali nas montanhas, olhavam com carinho um para o outro os dois eremitas.<br />
<br />
Só os apaixonados compreendem outro apaixonado... <br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcKWdI2Er3WQekQ2J2867lUdKaycUiFq9Kz4ohNaaiTV9cb1L7gaGhS6dfwHnczfMawQbebxYzjQINP3d_L3gVXKWvzK-cZJT4O_JRKo_fQFK9DkfS9jf8fsSnXQmLUY8eZzVqWnBKAgLi/s1600/3556744461_6dd916ec2b_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcKWdI2Er3WQekQ2J2867lUdKaycUiFq9Kz4ohNaaiTV9cb1L7gaGhS6dfwHnczfMawQbebxYzjQINP3d_L3gVXKWvzK-cZJT4O_JRKo_fQFK9DkfS9jf8fsSnXQmLUY8eZzVqWnBKAgLi/s1600/3556744461_6dd916ec2b_n.jpg" /></a></div>
<i><br /></i>
<i>para um querido amigo que me faz acreditar possível a paz e o respeito.</i> Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-36238404255327877192012-10-10T02:23:00.000-03:002012-10-10T02:23:10.779-03:00MarcasO plano surgiu faz tempo. Maturou, se ajustou. Foi se aconchegando na mente. Então, o presente que ganhei do meu querido Coiote. E lá estava eu, sentada na maca do estúdio de tatuagem.<br />
<br />
É como tornar visível um compromisso que eu assumi faz tempo. É colocar uma devoção em nível físico. Tornar indelével. Não é algo de um verão, não é um momento. É o compromisso maior que tenho, para a vida inteira. É uma declaração de amor, também. Acho que é uma declaração de amor, mais do que tudo.<br />
<br />
Agora, ela já é parte de mim, e eu quase consigo não ficar olhando a marca sobre a pele feito besta. É como se eu tivesse nascido assim. Minhas tatuagens me são tão naturais que me parecem orgânicas.<br />
<br />
Eu escrevi um dia desses que queria uma vida feita de hera e rosas. E é assim que marquei minha pele. A rosa, que fiz como compromisso eterno com a arte e a beleza, e que com a passagem dos anos passei a ver como uma marca devocional para Afrodite. E agora, a hera. Um amor que não sei colocar em palavras, porque é <i>arreton</i>.A presença de Dionísio e tudo que ele significa.<br />
<br />
Essa foi a primeira foto que tirei quando a cicatrização já estava quase ok. No dia 25 de agosto, no jardim da Casa das Rosas, para mim, sempre e sempre o lugar onde Dionísio e Apolo tomam chá e dividem um cigarro.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ95bLcvZzcrEyggREJcUOiNpvEuKvamLaH4QjWpp_ViC3ocJgc8KMaX7a_Xu9iIPjqU96H1dPLXEhZruqw0OlcWJmckFVKEtZrOG489C4PxB_YgCz269rjVFMsDeq5YZF1tsoxbfh1sfr/s1600/DSCF6809.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ95bLcvZzcrEyggREJcUOiNpvEuKvamLaH4QjWpp_ViC3ocJgc8KMaX7a_Xu9iIPjqU96H1dPLXEhZruqw0OlcWJmckFVKEtZrOG489C4PxB_YgCz269rjVFMsDeq5YZF1tsoxbfh1sfr/s320/DSCF6809.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Agora, meu corpo tem uma "god mark". Eu carrego na pele a hera e a rosa. <br />
<br />
<br />
<br />
<br />
(e o plano prossegue: quando eu me sentir pronta, no pé esquerdo vai o louro e o nome de Apolo. Mas não tenho pressa. Como eu disse, é para ser orgânico. como o crescimento das plantas)Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-90611139409198127062012-10-03T02:02:00.003-03:002012-10-03T02:02:56.989-03:00Contar histórias, aprender históriasAs vezes, me vejo contando um mito para alguém. Hoje isso aconteceu duas vezes. Curiosamente, os dois mitos, de Psiquê e Eros, e de Pandora, carregam um elemento em comum: a confiança. Hoje falei de confiança, de sofrimento, e de esperança. E foi interessante perceber como os mitos nos ensinam, quando falam conosco usando uma linguagem tão natural como a do sonho. Falam verdades múltiplas, algumas literais, algumas simbólicas. Algumas vezes, um simbolismo que nos toca de modo pessoal.<br />
<br />
E estava relendo umas passagens do Nonnus de Panópolis, um autor que escreveu sobre Dionísio. E a passagem da morte de Ampelos é de uma beleza ímpar. E cada vez que leio, encontro um detalhe novo.<br />
<br />
De certo modo, também é um mito que fala de amor, de "tentação", sofrimento e superação. <br />
<br />
Contar histórias, aprender histórias, relembrar histórias. E eu fico feliz de poder ouvir e falar disso.<br />
<br />
Aprendizado é um tipo de teia. E a cada vez encontramos exatamente os mestres que precisávamos para nos mostrar o caminho.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM6NFATMAAQjK5rHVcuFiZMayrRxP8VrzjOsCDI-6yaKunUZsXXSwkipzx9EI1xLc8QO03dUTqqp2KgyesQuDAW4acpkNrCxDrRnuNkGXeavAiWSHCEh_Iwl12Ezeztu_eH39nPwTbG_6V/s1600/627px-Anthonis_van_Dyck_001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM6NFATMAAQjK5rHVcuFiZMayrRxP8VrzjOsCDI-6yaKunUZsXXSwkipzx9EI1xLc8QO03dUTqqp2KgyesQuDAW4acpkNrCxDrRnuNkGXeavAiWSHCEh_Iwl12Ezeztu_eH39nPwTbG_6V/s320/627px-Anthonis_van_Dyck_001.jpg" width="320" /></a></div>
Eros e Psiquê, Anthony Van Dyck<br /><br />Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-59746086122842628052012-10-02T02:28:00.001-03:002012-10-02T02:39:25.482-03:00A chama Hoje, limpo meu altar e reacendo a chama da vela perene dedicada à Héstia. <br />
<br />
Hoje honro meu Agatho Daemon e agradeço sua infinita paciência, sua ternura e seu conselho.<br />
<br />
Hoje me coloco diante dos deuses a quem dediquei meu coração e meu corpo, minha mente e espírito, e agradeço sua presença em minha vida.<br />
<br />
Hoje o dia é novo e belo.<br />
<br />
Então eu coloco uma adaptação de uma oração matinal escrita pelo <a href="http://thehouseofvines.wordpress.com/">Sannion</a>, e que cai perfeitamente bem hoje:<br />
<br />
Eu saúdo o dia em alegria, meu coração extasiado pela beleza do cosmo.<br />
Saudações aos deuses dos céus, da terra e àqueles abaixo.<br />
Saudações deuses das montanhas e das florestas,<br />
deuses dos poderosos rios e árvores altivas.<br />
Saudações aos deuses do deserto e do oceano,<br />
deuses dos campos férteis e das cidades movimentadas.<br />
Saudações aos deuses do amor e do êxtase,<br />
de música e dança,<br />
de justiça e beleza,<br />
de força e proteção,<br />
de saúde e prosperidade,<br />
de sabedoria e criatividade,<br />
de todas as virtudes e bençãos que fazem a vida rica e valiosa.<br />
Saudações às mães e pais que vieram antes de mim,<br />
e os mortos honoráveis de todas as nações.<br />
Saudações aos deuses que guiam meu coração,<br />
e os gênios auxiliares que me mostram o caminho.<br />
Saudações à toda a assembléia divina - Eu me regozijo em sua presença<br />
neste belo dia manifestado,<br />
o mundo fresco como em seu primeiro dia,<br />
Que hoje seja o primeiro dia da criação, pleno de possibilidade ilimitada.<br />
Todas as coisas ruins e derrotas de ontem já não são mais. Eu as esqueci.<br />
Hoje que eu possa começar de novo e encarar minhas responsabilidades com um coração alegre.<br />
Hoje que eu faça tudo ao meu alcance para estabelecer a justa medida e fazer do mundo um lugar melhor para aqueles que viram depois.<br />
Hoje que toda palavra dita por mim seja verdadeira. Que a Justiça guie cada ato meu. Que eu possa oferecer conforto à aqueles em necessidade, e mostrar gentileza para cada estranho que eu encontrar. Que eu possa ser disciplinado e moderado e fazer as boas coisas necessárias para que a vida prospere. Hoje possa toda má vontade ser deixada de lado e que eu recuse em meu coração as raízes da raiva e da violência. Que hoje eu permaneça cônscio da presença divina e busque-a no mundo a minha volta. Este voto eu faço para o dia de hoje, e hoje apenas.<br />
<br />
<br />Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-75485115560551947322012-07-10T19:59:00.003-03:002012-07-10T19:59:48.325-03:00quando o coração canta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiarI3WhPniBBNNlGixRxJfPAF6FrVEcYZGDAd2g88cmfto83dMedfKr8vgIeVCdofKMcfEM_tAgXAsZ4DxiVz2aZapvioILSKvqShMLfZCwfoxMfy9KgxNb72LLMCWakQMq-5ZL9CeSwUD/s1600/pythian_apollo_by_boolsajo-d3logp3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiarI3WhPniBBNNlGixRxJfPAF6FrVEcYZGDAd2g88cmfto83dMedfKr8vgIeVCdofKMcfEM_tAgXAsZ4DxiVz2aZapvioILSKvqShMLfZCwfoxMfy9KgxNb72LLMCWakQMq-5ZL9CeSwUD/s320/pythian_apollo_by_boolsajo-d3logp3.jpg" width="235" /></a><br /> <br /> <br /> Eras o primeiro dia inteiro e puro<br /> Banhando os horizontes de louvor.<br /> <br /><span class="text_exposed_show"> Eras o espírito a falar em cada linha</span><br /><span class="text_exposed_show"> Eras a madrugada em flor</span><br /><span class="text_exposed_show"> Entre a brisa marinha.</span><br /><span class="text_exposed_show"> Eras uma vela bebendo o vento dos espaços</span><br /><span class="text_exposed_show"> Eras o gesto luminoso de dois braços</span><br /><span class="text_exposed_show"> </span><br /><span class="text_exposed_show"> Abertos sem limite.</span><br /><span class="text_exposed_show"> Eras a pureza e a força do mar</span><br /><span class="text_exposed_show"> Eras o conhecimento pelo amor.</span><br /><span class="text_exposed_show"> </span><br /><span class="text_exposed_show"> Sonho e presença</span><br /><span class="text_exposed_show"> de uma vida florindo</span><br /><span class="text_exposed_show"> Possuída suspensa.</span><br /><span class="text_exposed_show"></span><span class="text_exposed_show"> <br /> Eras a medida suprema, o cânon eterno<br /> Erguido puro, perfeito e harmonioso<br /> No coração da vida e para além da vida<br /> No coração dos ritmos secretos.<br /> <br /> Sophia de Mello Breyner -musa do blog</span>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-50053367524728313262012-06-21T03:10:00.001-03:002012-06-21T03:10:25.979-03:00Celebrando o SolCelebrando o Solstício!<br />
<br />
Quando viu o vídeo do <a href="http://thyrsos.gr/newsreportsummersolsticeenglish.html">convite do Thyrsos</a>, o pequeno decidiu participar da celebração, o que me deixa muito feliz. Agora, enquanto ele se ajeita na cama com seus ursinhos, eu posto nossas fotos...<br />
<br />
Adaptei os textos todos à ficarem mais fáceis para a compreensão dele, e ele mesmo teve sua participação na leitura, e celebramos Hélios com libações, hinos, incenso. Um dos textos eu reescrevi a partir <a href="http://hernehunter.blogspot.com.br/2009/06/hino-ao-sol.html">deste hino a Inti</a>, estendendo a ideia de solidariedade entre os povos gentios a nossos irmãos latinos. Acendemos uma vela dourada na vela de Héstia, e então por fim, acendemos a lanterna que levamos numa pequena procissão (agradecimentos aos hinos em mp3) até o lado e fora, onde deixamos acesa como nosso pequeno farol, uma chama entre muitas chamas.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUafUULlT_FefN0PA0GofcWOKCFMyWtpkQh7nYt9qhWjcaT1Z5tR7ZYKU4cxA88qzivtVJid_LVt1mSIUTTci_Rmr3hQMaKcn4mauubtFlQnVWUHB12Le3koqhW60-mRzE0uX1xKZpkwxq/s1600/IMGP6927.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUafUULlT_FefN0PA0GofcWOKCFMyWtpkQh7nYt9qhWjcaT1Z5tR7ZYKU4cxA88qzivtVJid_LVt1mSIUTTci_Rmr3hQMaKcn4mauubtFlQnVWUHB12Le3koqhW60-mRzE0uX1xKZpkwxq/s320/IMGP6927.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2cvolhi6rO39fCD5wkkId6lZ_MlQRa96bvNIMRh_EeULYFm1I0ZQasQrPVX388hODjCM193xpuBUNwAznYYVdLnJkf965REsgpiZcObtldiUxRN8eOKJGDZ6wvTlyucxYnuXFqEt5TzFh/s1600/IMGP6923.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2cvolhi6rO39fCD5wkkId6lZ_MlQRa96bvNIMRh_EeULYFm1I0ZQasQrPVX388hODjCM193xpuBUNwAznYYVdLnJkf965REsgpiZcObtldiUxRN8eOKJGDZ6wvTlyucxYnuXFqEt5TzFh/s320/IMGP6923.JPG" width="240" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirMn7HScMdQIRt6-McqpA3wnldzQps5wUrWiIbrwhdpwepYl1CZwv1DoE3aFw-2SctjbYrNmDdWKd_ZUqrNDwwGfBGYxOnqXe9B_eQdnoWzEyPqkPjDG9SCrRqgr-4Ek4MRKpLxr1zNFjh/s1600/IMGP6930+%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirMn7HScMdQIRt6-McqpA3wnldzQps5wUrWiIbrwhdpwepYl1CZwv1DoE3aFw-2SctjbYrNmDdWKd_ZUqrNDwwGfBGYxOnqXe9B_eQdnoWzEyPqkPjDG9SCrRqgr-4Ek4MRKpLxr1zNFjh/s320/IMGP6930+%25282%2529.JPG" width="240" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdLKzidyYqg33LCJQHRH8TCvVZkyBNEtGk1c1-b9MY9_SopC_5Vw14YN8HSQ1mCz_J6aBXcVt5dWC4a0HXCQ_lnAtpmKQNBSdy1KQS-__peF-G4VVLKok-YGSpOsQB5r4mjLxfTBSzr_5i/s1600/IMGP6929+%25282%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdLKzidyYqg33LCJQHRH8TCvVZkyBNEtGk1c1-b9MY9_SopC_5Vw14YN8HSQ1mCz_J6aBXcVt5dWC4a0HXCQ_lnAtpmKQNBSdy1KQS-__peF-G4VVLKok-YGSpOsQB5r4mjLxfTBSzr_5i/s320/IMGP6929+%25282%2529.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEielngs8ibE1pcpcv2iDc9JSlmL2V308hta87fR0oUaPQcuk_NWcf2aRvnSiBcEOeXya6LHvxA-A3SHNIGd-o_MjZhGl7zsVz6k2NBmAJ0GfE7xY0elnnscC6Pbs8TMohK4cuC2y7dKQQFG/s1600/IMGP6928.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEielngs8ibE1pcpcv2iDc9JSlmL2V308hta87fR0oUaPQcuk_NWcf2aRvnSiBcEOeXya6LHvxA-A3SHNIGd-o_MjZhGl7zsVz6k2NBmAJ0GfE7xY0elnnscC6Pbs8TMohK4cuC2y7dKQQFG/s320/IMGP6928.JPG" width="240" /></a></div>
<br />
E de brinde, na minha imensa corujice,rs, vai o André lendo o versinho pra Hélios... (ele repetiu para eu poder filmar, depois de termos terminado,rs)<br />
<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/d_bp-wpk6r4?rel=0" width="420"></iframe>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-42480319646076280322012-06-19T01:41:00.001-03:002012-06-19T01:42:09.770-03:00Convite...<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/bA8LgVYpYKQ?fs=1" width="459"></iframe><br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
"Chamado a todos, onde quer que estejam, que acreditam e partilham das crenças, éticas e valores dos povos antigos. Nós, helenos em coração, ação e fé, e espalhados por todos os lugares do mundo, convidamos a todos amig@s, para juntar-se a nós nesse celebração e ritual em honra de Helios, neste solstício de inverno. Seja a chegada do Sol no norte, seja a despedida d'Ele, por aqui, convidamos todos para a celebração, pois, o que nos une verdadeiramente é a crença e a ideia de que partilhamos um ideal de mundo similar. Sejam bem vindos para celebrar a ida de Apollon e a chegada de Dioniso a Delfos neste 21 de Junho. Acenda seu fogo, registre-o e compartilhe conosco esse momento de amizade, fraternidade e devoção. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O fogo ainda arde!"</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
(eu sei que aqui estamos no inverno. Mas é verão em Delfos. E é bom nos unirmos para relembrar o Sol...</div>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-87530274973406481182012-04-13T23:57:00.000-03:002012-04-13T23:57:40.946-03:00Como é isso de uma vida dionisíaca? - ou "nem todo vagante é vadio"Acho que a primeira coisa a deixar clara é que essas são as minhas vivências. E que cada devoto vai ter vivências diferentes. (para começar, um monte deles não vai usar a palavra devoto do jeito como eu uso, que é um jeito indianíssimo, rs)<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi60uBX2ZaPDgTds_vOFzN0w_zLJ_KZaKjCtTE0j8mbNCKNgK6r23oVBPSkeGMQAwD5u7RwP0kvoyYJJvI9f64tCiN93SyyiNm28x9hyphenhyphenHdHxSoGcnuu7Zzcvll8JzIuEpEcxoxTJVjhqmJ3/s1600/Bacchus-Roman-God-of-Wine-web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi60uBX2ZaPDgTds_vOFzN0w_zLJ_KZaKjCtTE0j8mbNCKNgK6r23oVBPSkeGMQAwD5u7RwP0kvoyYJJvI9f64tCiN93SyyiNm28x9hyphenhyphenHdHxSoGcnuu7Zzcvll8JzIuEpEcxoxTJVjhqmJ3/s320/Bacchus-Roman-God-of-Wine-web.jpg" width="320" /></a></div><br />
<br />
<br />
Eu descobri Dionísio muito cedo na minha vida. Descobri que existia uma imensa angústia, definida por uma frase de Bakunin: "enquanto houver um escravo no mundo, todos seremos escravos". Então eu descobri essa angústia, esse anseio por uma liberdade que é ampla e que me levou a ver o mundo pelos olhos dos "marginais", dos que vivem à margem. Depois, muito depois, eu ia aprender que nos tempos helenos, Dionísio era um deus de quem vivia a margem... <br />
<br />
Então eu descobri a loucura. A loucura morava em mim desde a infância. Mas foi a dor da perda que desencadeou em mim um senso de vagar sem pensar, sem rumo. E Dionísio é um deus que conheceu a loucura. Que vagou, que sentiu na pele. Por isso ele nos liberta da loucura. Porque a loucura é uma prisão, também.<br />
<br />
E o tempo passou. E eu conheci o descontrole. Me deixei carregar e aprendi a ver o mundo com um olhar alterado. Mas de novo, havia Dionísio, o que rompe as correntes, e que me ensinou que o descontrole pode ser bom, mas não pode nos dominar. <br />
<br />
E meu feminismo vem daí. Não, meu feminismo não tem a marca de Ártemis apenas. Porque como eu posso permitir que me digam o que fazer, que me impeçam de chegar ao máximo de mim, depois de mergulhar o rosto na voragem que é Lyaios? <br />
<br />
Então chegou a hora em que Ele estava ali, diante de mim, e eu assumi um compromisso. Ainda não era recon. Mas já estudava a fundo as coisas. E meu compromisso estava selado. Com uma cicatriz e uma quantidade exagerada de vinho em uma noite de verão, eu entendi, de uma vez por todas, que era uma mênade. <br />
<br />
Uma mulher comum, com uma vida comum. Que é tocada por Dionísio e que se permite mergulhar na experiência extásica dele. <br />
<br />
Então, o que seria ser uma devota dEle?<br />
<br />
Para mim, é um compromisso com a liberdade que me faz pesar todas as minhas escolhas e me faz ter uma dolorosa consciência de cada coisa que me oprime ou me força a um determinado caminho - e porque essa consciência dói? porque eu sou só uma mortal e nem sempre tenho a força necessária para me libertar. Dionísio é um deus que te trás consciências novas, que muda seus pontos de vista, que não te permite descansar na sua zona de conforto. Um Deus de Questões.<br />
<br />
Mas ele é também o deus que sorri pra mim quando eu recebo as pessoas em minha casa e o vinho corre como água. E bebemos, e rimos, e nos embriagamos, e falamos de arte e ciência, de mitologia e de astronomia, e rimos de imbecilidades. Porque as vezes, é preciso apenas isso: permitir-se.<br />
<br />
E Ele é o êxtase. É o transe, a batida do tambor, dos címbalos, das flautas. E escuto uma música, e ele está ali, bafejando meu pescoço. E vejo uma imagem e e corre um arrepio pela minha pele. E eu danço. E quando danço, ele me cura, e mesmo que eu dance até meu joelho me derrubar, eu me levanto depois cansada, feliz e sem dor.<br />
<br />
Dionísio são as plantas que cuido em meu jardim, e a hera que eu cultivo em um de seus oratórios. Um deus vegetal, um deus que é seiva. Quando mordo uma uva, é Ele que está em minha boca, e quando me deito no leito de hera que cobre o chão do parque, é com ele que me deito. Quando cuido das plantas e enfeito as árvores com fitas e máscaras, é a Ele quem eu dispenso cuidados. <br />
<br />
Quando pinto, entro em um leve transe e é nEle que me sinto mergulhar. Porque a arte é também um espaço seu, e quando eu choro diante de uma obra de arte muito amada, é dEle o toque em meu cabelo consolando meu coração diante das agruras de que a Arte nos liberta. <br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil2FHH_h0OkbQ3Kg4MQNQKXb9q2ftK5e-MXVjmsSa6SPxPhsxE9ZDOyK5d1jG3ktKO_AosXlTvlk3ldov-4Sa5cyU5rcYIBmvzhrTYqrP_Yx0uNQt9d0AZ0iaKPYZZSfz6iL_F5hz1VtxY/s1600/429518_2282939892574_1821172462_1451270_1599841503_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil2FHH_h0OkbQ3Kg4MQNQKXb9q2ftK5e-MXVjmsSa6SPxPhsxE9ZDOyK5d1jG3ktKO_AosXlTvlk3ldov-4Sa5cyU5rcYIBmvzhrTYqrP_Yx0uNQt9d0AZ0iaKPYZZSfz6iL_F5hz1VtxY/s320/429518_2282939892574_1821172462_1451270_1599841503_n.jpg" width="200" /></a>Ser dionisíaca é saber que suas certezas nunca serão imutáveis. Que sempre haverá um tremor de indignação diante da escravidão, e um anseio para mudar o mundo. E também uma busca pelo prazer, uma busca por enxergar no prazer algo que vai mais longe que só o instante: o prazer é a conexão com a presença divina... e a palavra entusiasmo ganha de volta seu significado verdadeiro... é saber criar drinks não porque seu deus é um deus do álcool, apenas, mas porque vc sente prazer em ver como os outros vão estar mais conectados ao momento graças àquilo. É dançar. É entender o que vibra atrás da batida de uma canção do Jefferson Airplane. <br />
<br />
As pessoas imaginam que ser dionisíaco possa ser algo como um bêbado inconsequente e irresponsável, mas nunca se é irresponsável quando o assunto é Dionísio. Porque sempre encaramos as consequências. Porque Ele é um deus que altera a consciência, lembra? Ele nos livra da loucura... e nos ensina a moderação quando nos mostra como misturar água no vinho... e ele mesmo é um deus assim, do tempero, da temperança. <br />
<br />
Ele é também um deus de sacrifício, um deus sacrificado. Porque ele nos entende, ele empatiza com os humanos. E as vezes, também é uma experiência nossa. De sacro-ofício. De sermos um pouco timoneiros também. <br />
<br />
Acima de tudo, Ele é múltiplo. Delicado, feroz, amável, cruel. E ser dionisíaco é aceitar isso e mergulhar. Dançar no olho do furacão. E se deixar quedar sozinho, fumando silencioso mergulhado no frio das sombras das árvores, curando uma ressaca enquanto se percebe que o mundo só existe graças aos insensatos, que teimam em mudar o mundo ao invés de aceitar tudo sem questionar. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgyg5VfddiALOClQ3cpOTpgkOLrGWv7_77dx2yMd0vkmNYClrHCZpVSZdivPgtrYzRWcsEqHs6vAR5SDkDHss596iY5Fg_dSn3_5dh_o6H54b3bqk6JpgTyQEq4SfBxJJ_Br34NSnXHGKv/s1600/DSC06221.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgyg5VfddiALOClQ3cpOTpgkOLrGWv7_77dx2yMd0vkmNYClrHCZpVSZdivPgtrYzRWcsEqHs6vAR5SDkDHss596iY5Fg_dSn3_5dh_o6H54b3bqk6JpgTyQEq4SfBxJJ_Br34NSnXHGKv/s200/DSC06221.JPG" width="200" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-76899679391926642862012-03-22T12:37:00.000-03:002012-03-22T12:37:56.152-03:00Hino Homérico à HéstiaMinha relação com Héstia é um processo de maturidade do caminho. Hoje, a primeira coisa que faço pela manhã é dar a parte de Héstia na minha caneca de leite. É pensar em Héstia e dedicar esse momento ao contato com o divino. Quando preparo a comida, separo sua porção, assim que fica pronta. Um minúscula porção, mas é o que basta para lembrar que para Ela, sempre o primeiro e o último.<br />
<br />
Foi por isso que nesse projeto paralelo que estou fazendo pro RHB eu comecei por ela... como começar por outro senão Ela?<br />
<br />
<br />
<iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/P_uVQIJEHzo?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-11349707026173581082012-03-21T22:11:00.000-03:002012-03-21T22:11:01.592-03:00Serviço diplomático...Dias 15, 16 e 17 de junho acontece a 8ª Conferência de Wicca e Espiritualidade da Deusa. No domingo dia 17/06, às 13 horas, está marcada a palestra que vou apresentar, sempre levando um pouco da nossa forma de cultuar os deuses para as outras pessoas.<br />
<br />
<span style="color: white; font-family: Arial; font-size: x-small;"></span><br />
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: white; font-family: Arial; font-size: x-small;"><span style="color: black;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dionísio: o deus e as mulheres </span></b></span></span></div><span style="color: white; font-family: Arial; font-size: x-small;"> <div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: black;"><b><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br />
</span></b></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Carl Kerenyi em seu “Dioniso – Imagem arquetípica de vida indestrutível” relaciona o deus ao conceito de zoé, o impulso de vida que permeia tudo. Um Deus complexo e pleno de facetas, que sedutor, múltiplo e contraditório, atravessa o tempo e mostra uma relação próxima e envolvente com seus devotos. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A palestra se baseia no conhecimento histórico e mitológico de Dionísio, para esclarecer sua relação com o feminino, seu papel como aliado das mulheres, e a propaganda negativa que seu culto sofreu por conta disso. Sua figura se firma através daquelas que primeiro são lembradas quando se fala desse deus: as mulheres; imortais ou humanas, são as primeiras a virem na mente daqueles que prestam culto a ele. Imortais que o perseguiram e acolheram-no; humanas que se entregaram (ou não) à sua teofania. São elas, sem dúvida, os elementos que trazem à luz tanto desse deus. Quem são as Bacantes – tão célebres personagens de Eurípides – que dum reino se aprazem com a presença do deus e recebem seus dons, e do outro sofrem com ele?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Desmitificando a ideia de apolíneo e dionisíaco como opostos, pelo contrário, trataremos da compreensão da complementaridade entre ambos os deuses que tanto tem em comum,<i> e</i> ampliaremos nossa percepção de como os elementos dionisíacos são parte integrante das nossas vivências, e como a devoção a Ele se espalha por uma miríade de aspectos de nosso cotidiano mesmo fora de um contexto religioso/espiritual, especialmente quando se trata das manifestações artísticas. Da catarse teatral às manifestações iconográficas clássicas, veremos como os atributos do deus se tornaram inerentes à própria forma de pensar a arte no ocidente. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Serão abordados os antigos festivais helênicos em sua honra, e como eles podem ser revividos hoje em dia, mostrando um pouco de como os reconstrucionistas e outras Tradições vivenciam esses festivais, além das diversas formas de celebrarmos e cultuarmos esse deus tão plural.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><b>Tópicos abordados:</b></span></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">1) Quem é Dionísio, atribuições e características do Deus</span></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">2) As mênades mitológicas- Deusas e Ninfas na vida de Dionísio</span></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">3)As mênades mortais – as mulheres no culto a Dionisio</span></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">4) A dança, a arte e o êxtase: Dionísio em nossa vida.</span></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">5) O masculino como parceiro, lado a lado com o feminino</span></span></div><div class="MsoNormalCxSpMiddle"><span style="color: black;"><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">6) Festivais de Dionísio e sua influência até hoje. </span></span></div></span>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-57856238248493268782011-10-13T21:48:00.001-03:002011-10-13T22:00:56.431-03:00Recons na Mystic FairFoi uma experiência muito boa. Um momento de falar para as pessoas um pouco mais sobre o que nós somos e fazemos, e foi muito bom ver o interesse das pessoas, mesmo sendo nove da noite do domingo!<br />
<br />
Meu domingo na Mystic Fair começou vendo a palestra das "vizinhas" da península itálica, na palestra sobre o Cultus Deorum Romanorum. Foi bom ver outros reconstrucionistas presentes...<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Ti9njmp-bNk_LxV3jS1U7J-a40Mzr70dK8ii82T9r9TlxxxEOm8XbAyGK-jz66TJp8J4V5_EK0oWfog34XWGiM9ofPUjmoMQuazUZJ9IfL4hgEvwdwBhLF0Pxzfz5aSkKKxHYjN1sI-o/s1600/IMGP6072.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0Ti9njmp-bNk_LxV3jS1U7J-a40Mzr70dK8ii82T9r9TlxxxEOm8XbAyGK-jz66TJp8J4V5_EK0oWfog34XWGiM9ofPUjmoMQuazUZJ9IfL4hgEvwdwBhLF0Pxzfz5aSkKKxHYjN1sI-o/s320/IMGP6072.JPG" width="320" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP_BzxySa5m5PgjWBg9UNLoSKuOGgRRjyXbuwDyez-wy4EdbGuaz7ELGiFcEsVM3t3BHIBqEJ6MvhT-nEgyIgHACCmOCQzimHCdbA2SVh23QhGADleAmLT250epC1BF3aCZBn5JWxBzThH/s1600/IMGP6073.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP_BzxySa5m5PgjWBg9UNLoSKuOGgRRjyXbuwDyez-wy4EdbGuaz7ELGiFcEsVM3t3BHIBqEJ6MvhT-nEgyIgHACCmOCQzimHCdbA2SVh23QhGADleAmLT250epC1BF3aCZBn5JWxBzThH/s320/IMGP6073.JPG" width="320" /></a></div><br />
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A noite foi a minha vez de, novamente, falar sobre o reconstrucionismo helênico. Filmei a palestra e logo ela vai estar disponível para quem perdeu poder assistir. Foi bacana, apesar do meu nervosismo básico me fazer pensar que eu poderia ter falado beeeem melhor. Espero não ter deixado ninguém mais confuso do que quando entrou. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7ietlyKVlCcDDzXJFcFuzyn4TOqAzOCzJg_cjZjL56cUEMttYJgQOeUyZaSW8YZGk65uotYnmfTwtH0-YP55E4CTUyyI0PnwqzD0yZJeUHU1w8d-NdW_eHysFq2X348aqph3XtydYft6o/s1600/IMGP6099.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7ietlyKVlCcDDzXJFcFuzyn4TOqAzOCzJg_cjZjL56cUEMttYJgQOeUyZaSW8YZGk65uotYnmfTwtH0-YP55E4CTUyyI0PnwqzD0yZJeUHU1w8d-NdW_eHysFq2X348aqph3XtydYft6o/s320/IMGP6099.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb6EaAcYCYaglM7bZB3HYIm47i1Bj7MPSMTdWHL0lbuk9KNwEgti_NIUoac3inZav1W_ksBa8gOGB18eROp3qAO6qtqhx2fI8pg01Mm9W1Rh2sLjomJumUaCxj95VMw4wwQQ62aN-TnPde/s1600/IMGP6105.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb6EaAcYCYaglM7bZB3HYIm47i1Bj7MPSMTdWHL0lbuk9KNwEgti_NIUoac3inZav1W_ksBa8gOGB18eROp3qAO6qtqhx2fI8pg01Mm9W1Rh2sLjomJumUaCxj95VMw4wwQQ62aN-TnPde/s320/IMGP6105.JPG" width="320" /></a></div><br />
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E eu não posso deixar de citar um fato curioso. Quando eu cheguei na sala e comecei a arrumar as coisas, notei uma sacola em cima da mesa. Imaginei que o dono iria aparecer, mas quando eu sai da sala às dez horas, com o evento fechando, acabei pegando a sacola para ver o que era. Acabou que era uma placa com a imagem de Hécate... foi no mínimo muito curioso que fosse justamente uma releitura de uma imagem grega... já que havia muito mais material egípcio, hindú ou wiccano sendo vendido na feira. <br />
<br />
Ainda no aspecto "consumista"consegui voltar com um pingente de caduceu, e finalmente, uma estatueta de Hefesto.<br />
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E que venham outras... da próxima vez vou preparar uma palestra sobre algum aspecto específico do nosso culto... pensei em falar sobre a Anthesteria... que sugestões de temas vocês tem?Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-38639212990209370792011-09-12T15:29:00.000-03:002011-09-12T15:29:53.668-03:00Palestra na Mystic Fair BrasilDias 8 e 9 de outubro acontece em Sampa city a segunda edição da Mystic Fair Brasil, um evento místico - esotérico - de espiritualidade, que se propõe a mostrar um panorama amplo do que acontece em diversos meios ligados a esses temas. É um evento bastante grande, e eu vou estar presente para mostrar um pouco do que é o Reconstrucionismo Helênico e do modo como cultuamos nossos deuses.<br />
<br />
A proposta da palestra é explicar para o pessoal que segue diferentes caminhos quem nós somos, o que fazemos. É importante quebrar preconceitos e mostrar para as pessoas que existe mais essa possibilidade de caminho para reverenciar os deuses.<br />
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Então, nos vemos na <a href="http://www.mysticfair.com.br/">Mystic Fair</a>,<br />
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Domingo, dia 9 de outubro, às 21:00 horas, no Auditório 3 <br />
Palestra "Práticas reconstrucionistas no politeísmo helênico" com Sarah Helena<br />
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Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), unidade Anália Franco<br />
Av. Regente Feijó, 1295, São Paulo - SP <br />
<div align="justify">(ao lado do Shopping Anália Franco)</div><div align="justify">(vans gratuitas para o evento saindo do metrô Carrão) </div><div align="justify"> ingresso da Mystic Fair - R$10,00</div><br />
<br />
(para os que se interessam pelo tema, no sábado, dia 8, vou dar uma vivência na sala temática Tarô e Oráculos, de construção de arcanos de tarô, as 16:oo horas)Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-74499651598440585332011-08-03T22:54:00.000-03:002011-08-03T22:54:00.707-03:00Dia 7- Oração e reciprocidadeReciprocidade é uma palavrinha que a gente não vê todo dia por ai.<br />
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<div><b>reciprocidade</b> <span class="varpb"> </span><br />
(latim <i>reciprocitas, -atis</i>) <br />
<span class="varpt"><div class="" style="padding-left: 10px;" title="substantivo feminino"><i>s. f.</i></div></span><span class="varpb"><div class="" style="padding-left: 10px;" title=""><i>s. f.</i></div></span><br />
<div style="padding-left: 12px;"><span style="color: #999999; font-size: 9px;">1. </span><span style="cursor: pointer;" title="Duplo clique para ver definição"><span class="varpt"><span class="aAO" style="cursor: pointer;" title="Duplo clique para ver definição">Carácter</span><span style="font-size: 0px; visibility: hidden;">.</span><span class="dAO" style="cursor: pointer;" title="Duplo clique para ver definição">Caráter</span></span><span style="font-size: 0px; visibility: hidden;">.</span><span class="varpb">Caráter</span> do que é recíproco.</span></div><span class=""><div style="padding-left: 12px;"><span style="color: #999999; font-size: 9px;">2. </span><span style="cursor: pointer;" title="Duplo clique para ver definição">Mutualidade.</span></div><span class=""></span></span></div><span class=""></span><br />
<span class=""><br />
</span><br />
<span class="">Algo que é mútuo. Uma via de duas mãos. Acho que para falar da oração dentro de um contexto helênico, é impossível não pensar nisso: estamos empreendendo um diálogo e entrando em um relacionamento. Nossos deuses não são "energias" distantes e onipresentes. Eles são indivíduos, com gostos pessoais, personalidade e bom, individualidade, mesmo.</span><br />
<span class=""><br />
</span><br />
<span class="">Já ouvi muita gente comparar a relação com os deuses gregos com uma barganha. Comparação infeliz. Quando você ama alguém, você não gosta de fazer coisas especiais para esse alguém? A oração nesse caso é isso: as palavras que a gente fala enquanto dá um presente. Porque ningupem quer ficar em uma relação onde todo o ônus de se doar está nas mãos de um só: um só dá o outro só recebe. E os deuses nos dão muito, então nada mais justo do que ao invés de só pedir mais e mais como um filhote de cuco. </span><br />
<span class=""><br />
</span><br />
<span class="">Digo isso porque normalmente, oração inclui uma oferta. Um incenso, uma chama, um objeto, um sacrifício. Nós oferecemos junto com nossas palavras algo que demonstre nossa boa vontade, nossa disposição de se doar ao divino. Um símbolo de que estamos ali dando o nosso melhor. </span><br />
<span class=""> </span><br />
<span class=""> A estrutura das nossas preces é bem simples e fica muito marcado essa relação de individualidade dos deuses e de nossas relações. </span><br />
<br />
<span class="">A primeira parte da prece identifica o deus ou os deuses com que estamos falando. Seus epítetos, seus feitos, uma "elegia" daquele deus. A segunda parte nos identifica. Quem somos nós, o que fizemos, como nos dedicamos àquele deus ou deuses. A terceira é a conversa propriamente dita, onde se agradece, ou se pede alguma coisa, onde se oferece algo ou se assume o compromisso de ofertar algo se for auxiliado (nada diferente das promessas feitas em tantas fés). </span><br />
<span class=""><br />
</span><br />
<span class="">Uma prece é um momento de praticar uma fala bacana. Onde você não se diminui, porque tem que mostrar que vale a pena ser ouvido, mas também deixa de lado a arrogância e se refere aos deuses com respeito, reconhecendo a óbvia superioridade deles. </span><br />
<span class=""><br />
</span><br />
<span class="">E nós ficamos em pé. Gosto disso. Nós não nos humilhamos, nos mostramos nosso rosto, nos damos a conhecer e assumimos nossa responsabilidade. Isso é ficar em é, afinal: é o se colocar no mundo de maneira ativa. Quando eu fico de pé diante do altar, eu estou demonstrando minha atitude e assumindo meu espaço. </span><br />
<span class=""><br />
</span><br />
<span class="">Não é preciso rituais elaborados todo dia, sabe. Uma oração bem feita e uma vareta de incenso com o coração limpo, já significam muita coisa.</span><br />
<span class=""> </span>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-9704474200439095222011-07-31T20:57:00.001-03:002011-07-31T21:00:06.097-03:00Sugestão de leitura infantilPor influência do companheiro que tem sido muito gentil em aceitar minhas incursões religiosas com nosso filho, uma delas vou mostrar a corujisse ainda essa semana, comprei (mais) um livro de mitologia para o meu pequeno.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXf51Dzizzh75ayokUw6tzAFgsQHoVvZ7Luvy86dML8Nx9yp3cKg-uMJ1_xGVNdz67CCsXSo_UQyu1fvq7DthhsiCLQMyhwZYe57yUMLO7JNezUidsALX4boYmwlpixD8snhSl1tIN9Hth/s1600/3928968.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXf51Dzizzh75ayokUw6tzAFgsQHoVvZ7Luvy86dML8Nx9yp3cKg-uMJ1_xGVNdz67CCsXSo_UQyu1fvq7DthhsiCLQMyhwZYe57yUMLO7JNezUidsALX4boYmwlpixD8snhSl1tIN9Hth/s320/3928968.jpg" width="320" /></a><b>O nascimento de Zeus e outros mitos gregos</b> se foca não nas aventuras famosas dos deuses e heróis, mas nos episódios das suas infâncias. Um livro para mostrar para as crianças a infância nos mitos e através disso, na própria cultura da antiga Hélade. <br />
<br />
A postura de existe/não existe é menos agressiva do que em outros livros. Embora usem o termo imaginação para se referir aos mitos uma vez, o tempo todo existe um respeito pela cultura do outro, no caso,os antigos helenos, e na introdução a autora diz que por que os homens deixaram de ser valorosos e as pessoas só acreditam no que vêem nos jornais, a maioria dos deuses prefere ficar longe dos assuntos humanos e ficar em paz e sossego, aproveitando as praias e montanhas da Grécia. Achei um jeito interessante de colocar, já que o ideal mesmo, só o que a gente mesmo preparar de material de ensino para os nossos filhos.<br />
<br />
No final do livro, depois dos dez capítulos de mitos, tem uma genealogia dos deuses e heróis citados, bem simplificada, um texto falando sobre como era a infância entre os gregos, as conexões entre mito e cotidiano antigo, e uma lista de sugestão de leituras e bibliografia, que inclui desde algumas coisas que eu não recomendo (como os livros do Lobato sobre mitologia e o Graves), até o próprio Homero (que a autora recomenda que mais tarde as crianças leiam já no texto dos mitos e que nas sugestões de leitura ela cita as adaptações da Ruth Rocha) e Grimal e Vernant.<br />
<br />
Mais um ponto positivo é que ela explica que a cultura grega era oral e que é normal que as versões não sejam todas iguais e que variavam de quem estava contando, por isso não se deve estranhar se em outros lugares contarem as histórias diferente do que no livro.<br />
<br />
As ilustrações tem um visual baseado nas cerâmicas gregas e mostram objetos cotidianos da época.<br />
<br />
Forma geral, tem meu carimbinho de "gostei". Vamos ver o que o André vai achar.<br />
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqpfXtW6L4x5f7cyjbDIxITaTOK8T16ehSSPEuwY3920eI46Hawp_oZZ4BBf4r71duStKuNjzPVSNUX_JMW1Cpc7qXRRYvb_ZE26lebeS2-DkJUbxRMLfJBt_2UKhXDQRsC-0laVISFobt/s1600/ArquivoExibir.aspx.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqpfXtW6L4x5f7cyjbDIxITaTOK8T16ehSSPEuwY3920eI46Hawp_oZZ4BBf4r71duStKuNjzPVSNUX_JMW1Cpc7qXRRYvb_ZE26lebeS2-DkJUbxRMLfJBt_2UKhXDQRsC-0laVISFobt/s200/ArquivoExibir.aspx.jpg" width="200" /></a>O nascimento de Zeus e outros mitos gregos<br />
texto de Adriene Duarte<br />
ilustrações de Felipe Cohen<br />
Coleção Mitos do Mundo<br />
Editora Cosac Naify<br />
2007Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-27124926731407655072011-07-22T16:09:00.000-03:002011-07-22T16:09:25.523-03:00Oráculos (parte um de pensamentos sobre o tarô)O tarot não é um oráculo grego. Mas um bocado de gente no século XX, por influência de Jung, eu acho, começou a interpretar o tarot a partir da perspectiva dos mitos gregos. Acredito que você pode contar qualquer história usando o baralho. Eu gosto do tarot, ele funciona bem para mim. E eu acabei traçando minhas relações. Como tarotista, como tarofila, não tarologa, como uma apaixonada mais do que como uma pesquisadora (embora para mim a pesquisa seja parte da curtição,rs). <br />
<br />
Quando eu fiz parte de um grupo de culto (que não era recon, mas eu já tinha essa pegada no meu lado pessoal), o oráculo fazia parte do nosso processo de culto. E sendo a dionisíaca de plantão, acabei muitas vezes mergulhando naquele tempo de Delfos em que Dionísio estava sentado sobre seus ossos.<br />
<br />
Desde então, quando o inverno chega, faz parte do meu culto e principalmente do meu serviço para o deus, fazer oráculos.<br />
<br />
E foi com esse pensamento que dei minha oficina na Confraria Brasileira de Tarot. De que ali estava meu prazer, meu carinho pelo tarô, meu prazer em mostrar para as pessoas que podemos sim ser criativos, e meu serviço para meu deus. Segunda vez que sou recebida no espaço Faces da Lua, com muito respeito e carinho em ambas as vezes, mesmo seguindo trilhas que são tão diferentes, o que me trás muita esperança com relação ao meio pagão. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhtehdjvZwmiOfGfGp8V75RDiJ_2cQPFtFzXRHwbVrUTP5bK7OtGp1oZOCCofBowRnUY8xi0ASIZRcvROJhv_qlNSKEYSlXlYAsLZHUd29YEQR9Q5RfT5xIzGVf8Z5YE1vYszNA_JIr3p2/s1600/262026_2084703191201_1053763782_32414693_8316445_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhtehdjvZwmiOfGfGp8V75RDiJ_2cQPFtFzXRHwbVrUTP5bK7OtGp1oZOCCofBowRnUY8xi0ASIZRcvROJhv_qlNSKEYSlXlYAsLZHUd29YEQR9Q5RfT5xIzGVf8Z5YE1vYszNA_JIr3p2/s320/262026_2084703191201_1053763782_32414693_8316445_n.jpg" width="320" /></a></div><br />
A estrutura da minha oficina foi bastante prática (claro, era uma oficina). Falei um pouco sobre a história da imprensa, de como os baralhos foram tecnicamente desenvolvidos, de projeto dentro de arte, de símbolos. E então nos sentamos para produzir cada um seu arcano. A escolha era livre dentro dos arcanos maiores, para dar um foco. Fui ajudando um aqui, outro ali, colocando ideias e expondo, respondendo e ajudando. Fiquei feliz e surpreendida com os resultados. <br />
<br />
Acredito que o trabalho criativo é muito forte dentro da minha relação com Dionísio. Não só com ele, mas com Apolo, e com as Musas. Eu não sou ninguém sem as Musas. Mostrar para as pessoas que podemos nos desprender do vicio da sociedade em dizer que não somos capazes e podemos sim criar, porque isso é inerente à natureza humana, é algo muito especial e um serviço que me orgulho de prestar.Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-79064907414071617612011-06-23T16:42:00.001-03:002011-06-23T16:43:18.990-03:00Tá vendo ali em cima a aba Dionísio?Ela leva para meu site devocional, Santuário de Dionísio.<br />
Ele está em constante construção e eu nem sempre consigo acrescentar mais coisas lá, mas quero implementar algumas funcionalidades lá logo logo.<br />
<br />
Por hoje, está atualizada a sessão de Poemas e Hinos na parte de Textos Modernos, e Citações em Textos inspiracionais.<br />
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Espero que tenha alguma serventia para os outros devotos, esse trabalho que faço para agradar o Senhor Dionísio...Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-90811567175348762882011-06-08T23:37:00.000-03:002011-06-08T23:37:49.659-03:00Praticidades da vida moderna, ou, um jeito fácil de não se perder no calendárioOutro dia a Alex disse que não era neopagã, mas neopolita. Eu ri. Também sou um bicho muito ligado à cidade, ao tecnológico.Não a toa, sou apaixonada por Hefesto.<br />
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E foi com a tecnologia que eu "resolvi" um problema que é uma reclamação frequente de quem não segue as religiões mainstream. É difícil não esquecer as datas festivas e celebrações sem uma sociedade inteira te lembrando disso.Quando seu calendário não coincide com o calendário oficial então, pior ainda. Como lembrar as entradas dos meses sem esquecer nenhuma?<br />
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E então eu retomei um hábito que antes inha feito e que dá muito certo e eu recomendo.<br />
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Conectei meu celular no computador, abri o <a href="http://sites.google.com/site/helenismo/Home/calendario/calendario-2011">calendário no site do RHB</a> e coloquei lembretes com alarme em todas as datas de festivais, noumenias, libações. <br />
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Com isso, eu garanto que mesmo que não consiga fazer um graaaande festival, pelo menos consigo garantir a lembrança, um incenso, uma oração ou um hino, para cada data do calendário. <br />
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Parece besta, mas é algo que a gente não pensa e ajuda muito.Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-4224152795569795182011-05-31T01:56:00.001-03:002011-05-31T01:57:42.582-03:00Dia 6-Crenças: Divinação, misticismo, e coisas assimEu uso algumas ferramentas de divinação. A primeira que usei na vida foi o I Ching, mas o que me pegou mesmo foi o tarot. Já leio o tarot faz metade da minha vida. Faz bem menos tempo, descobri o Mythic Oracle, que merece um post só sobre ele uma hora dessas, e agora estou lutando para aprender a usar os astragalos.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhusiFJtU89dCLN0yVlLGtJKH1FqAsP8hx2rNtPwyYgeGNWz88VaTj44cCwDq69wbRjaBt9Lg8arB_3Yye4VTbkOFq4FZJBNPq6HeRzHyn7H7c0ogAzcb48JatRkoumroPQZ9Oo1AKvwmjv/s1600/Imagem021.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhusiFJtU89dCLN0yVlLGtJKH1FqAsP8hx2rNtPwyYgeGNWz88VaTj44cCwDq69wbRjaBt9Lg8arB_3Yye4VTbkOFq4FZJBNPq6HeRzHyn7H7c0ogAzcb48JatRkoumroPQZ9Oo1AKvwmjv/s200/Imagem021.jpg" width="150" /></a></div> É um oráculo genuinamente helênico, e as dificuldades são as mesmas de aprender os significados de qualquer outro oráculo. Os ossos que eu uso são réplicas de resina de ossos de carneiro reais. <br />
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As vezes, o oráculo é parte do nosso "serviço sagrado". <br />
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Eu sou uma pessoa "mística". Sempre fui. Desde o tempo em que a hóstia era carne e sangue do deus em minha boca até o meu tempo vagando em busca do meu caminho religioso, eu sempre fui uma pessoa que busca o mistério. Acredito que ele faz parte de toda experiência religiosa, embora também ache que as pessoas as vezes exageram, esquecendo das outras características que precisamos buscar.<br />
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Ser uma mênade, embora seja um compromisso para o longo da vida, não é algo que possa ser meu único foco o tempo todo. Porque eu entraria em colapso e não serviria de nada.<br />
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O mistério é aquele ponto em que o divino toca a terra, e o que ele produz é arreton/aporreton. É o inefável, que não pode ser expresso, ou que se expresso não será compreedido. <br />
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Não posso falar dos antigos mistérios. Do que acontecia em Eleusis ou em Tebas ou na Arcádia, ou na Trácia... isso o que sei é o que podemos aprender dos arqueólogos e teóricos. Mas existem mistérios hoje, se formando em nós. E muitas vezes, aquilo que nós vemos e vivenciamos é tão belo e tão intenso, mas impossível de explicar...<br />
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Lista dos temas abaixo do corte<br />
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<a name='more'></a>Dia 1-Porque Politeísmo Helênico?<br />
Dia 2-Crenças: Cosmologia <br />
Dia 3-Crenças: Divindades<br />
Dia 4-Crenças: Nascimento, Morte e Renascimento<br />
Dia 5-Crenças: Sexualidade Sagrada<br />
Dia 6-Crenças: Divinação, misticismo, e coisas assim<br />
Dia 7-Crenças: O poder da oração/reciprocidade<br />
Dia 8-Crenças: Dias Sagrados<br />
Dia 9-Ambientalismo<br />
Dia 10-Patronos: Dionísio<br />
Dia 11-Patronos: Leto<br />
Dia 12-Panteão: Kheiron<br />
Dia 13-Panteão: Curetes<br />
Dia 14-Panteão: Thêmis <br />
Dia 15-Panteão: eeer...panteão<br />
Dia 16-Espíritos da natureza <br />
Dia 17-Ancestrais<br />
Dia 18-Meu modo de adorar<br />
Dia 19-Comunidade<br />
Dia 20-Hellenismos e minha família<br />
Dia 21-Outros caminhos que explorei<br />
Dia 22-Hellenismos e grandes eventos em minha vida<br />
Dia 23-Ética<br />
Dia 24-Estética pessoal em ritual & prática<br />
Dia 25-Instrumentos rituais preferidos e porquê<br />
Dia 26-Algum passatempo ”laico” com significância religiosa e porquê?<br />
Dia 27-Como sua fé ajudou em épocas difíceis?<br />
Dia 28-Uma concepçãoerrada sobre o Hellenismos que você queira clarear<br />
Dia 29-O futuro do Politeísmo Helênico<br />
Dia 30-Conselho para os que buscamSarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-82153429538619156502011-05-22T23:07:00.000-03:002011-05-22T23:07:47.663-03:00Ritual em conexão com o Thyrsos da Grécia<blockquote><div>Luzes para o Solstício - Solidariedade para o Povo dos Caminhos Antigos<br />
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UNIDOS, SOB O ESTANDARTE DO SOL!<br />
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De Atenas, Hélade:<br />
<div align="justify"><br />
Queridos Amigos de todas as Nações Livres! Queridos seguidores da nossa Herança Nativa!<br />
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Pelo segundo ano, a Organização “Thyrsos- Hellenes Ethnikoi” convida Organizações e indivíduos, seguidores dos Caminhos Antigos, a se erguer em Unidade e Solidariedade durante a celebração do Solstício e co-agir criando novamente suas Luzes para o Sol (Fryktories)!<br />
Um dia sagrado no nosso calendário que marca o Dia Mais Brilhante do Ano, quando a manifestação de Hélios, Sonne, Sol, Sun, Sunna no nosso nível cósmico está nos trazendo Sua Luz Gloriosa, oferecendo uma chance de meditação espiritual e filosófica e - ao mesmo tempo - uma chance de celebrar com nossos parentes e pessoas amadas.<br />
Então, mais uma vez estamos pedindo a participação de vocês da mesma forma que estivemos fazendo e faremos todo ano!<br />
Na madrugada do dia <strong>21 de junho</strong>, no exato momento que os primeiros raios se mostrarem no horizonte, acenda um Fogo, uma vela, uma tocha, o que for possível, e volte-se na direção do Sol fazendo uma saudação ao Deus Invicto! Ou, melhor ainda, você pode executar um rito ao mesmo tempo, considerando o caráter sagrado do dia. Dessa forma, passaremos a mensagem de um indivíduo a outro, de uma coletividade a outra, de cidade em cidade e Nação a Nação e, ao fazer isso, estaremos erguidos em Unidade sob o Estandarte do Sol!<br />
Estamos pedindo que tirem fotos do evento e enviem-nas ao nosso e-mail: <a href="mailto:hellenesthyrsos@gmail.com">hellenesthyrsos@gmail.com</a> para podermos fazer uma apresentação da nossa Celebração comum através da nossa página <a href="http://www.thyrsos.gr/" rel="nofollow" target="_blank">www.thyrsos.gr</a> e, por ela, para outras páginas.<br />
Finalmente, insistimos que, ao tomar parte da nossa Celebração, tomem toda a precaução necessária por lei para acender um fogo seguro, evitando causar acidentes.<br />
Pessoas das Crenças Antigas, convidamos vocês a erguer os Estandartes e orgulhosamente se erguer conosco em um mundo que precisa mais da Sabedoria e da Essência de nossas Tradições!<br />
Esperamos ansiosamente a participação de vocês, e agradecemos desde já.</div><br />
<strong>Thyrsos - Hellenes Ethnikoi </strong></div></blockquote><br />
(tradução de Alexandra)<br />
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<a href="http://hellenesthyrsos.blogspot.com/2011/05/blog-post.html" rel="nofollow" target="_blank">http://hellenesthyrsos.blogspot.com/2011/05/blog-post.html</a>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-9754058910338013302011-03-30T23:19:00.000-03:002011-03-30T23:19:54.457-03:00Um breve momento em KemetPé ante pé, entrou no templo iluminado por delicadas lâmpadas. Olhou com respeito as colunas encimadas não pelo familiar acanto,mas pelo estilizado papiro. Dentro do templo, o ar era fresco, e ospés repousavam nas pedras, livres da areia. Entre aquelas pessoas de túnicas tão claras, se sentiu escura e estrangeira, mas era isso mesmo que ela era, ali. Deixara o tirso e o nebrix seguros do lado de fora, e entrou com quanta discrição era possível. Não era ninguém ali, exceto uma estrangeira que aceitava um convite e entrava para assistir um rito. Viu acenderem a chama do altar, libarem para os Akhus e os Deuses. Em seu íntimo, recitou uma oração a Zeus Xênios.<br />
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Sentiu a mão da outra sacerdotisa em sua mão. Sorriu, sem tirar os olhos do altar, apertando deleve os dedos dela. <br />
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Ouvia as palavras, sem entender com clareza as invocações, mas sentindo o poder que emanava do som, a beleza do rito.<br />
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Entendeu quando a mulher de túnica branca e olhos gentis se adiantou dos outros. Ouviu as palavras enquanto outra sacerdotisa por bondade sussurrava o que estava sendo dito. Ouviu o nome que a mulher de olhos gentis assumiu. Ouviu os juramentos que prestou.<br />
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Estava feliz por ela. Sabia o quanto assumir votos era importante. Encontrar seu lugar.<br />
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Depois, houve festa. Eles riam e bebiam cerveja. Eles explicavam palavras que ela desconhecia e com paciência explicavam sua pronúncia.<br />
Eles dançavam.<br />
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Depois de algum tempo, apoiada no tirso,ela caminhou pelas dunas próximas, observando o horizonte. Estendeu as mãos, e deu graças aos deuses. Agradeceu a Zeus Xênios, outra vez. Porque profunda é a alegria daqueles que tem amigos para interceder por eles diante de deuses desconhecidos.Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7791061772414447042.post-15811984288641256902011-01-21T15:41:00.001-02:002011-01-21T15:41:29.066-02:00Algumas verdades sobre o reconstrucionismo 1Se tem algo que eu sei que as pessoas pensam com frequência é que reconstrucionistas são a)nerds b)fechados c)arrogantes d)intelectuais. E que o reconstrucionismo é uma religião difícil, complicada, que não é para qualquer um. <br />
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</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Então, antes de mais nada, deixa eu explicar uma coisa, com meu jeitinho peculiar e delicado. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Isso tudo é uma PUTA mentira. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">É como dizer que todo católico é cabeça fechada ou todo wiccano é um pink wicca. É dizer que todo espírita é preconceituoso e que a vida de quem é da umbanda "anda pra trás" por mexerem com espíritos. É preconceito, é julgar o todo por alguns.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Então vamos desmistificar um pouco a coisa. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Para começar, reconstrucionismo não é uma religião. É um método. Então existe reconstrucionismo celta, nórdico, egípcio, grego... é um método que pessoas (e organizações) usam para orientar suas práticas. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Dentro da idéia de que desejamos fazer nossas práticas o mais parecidas possível com as práticas dos antigos povos que cultuavam os deuses que hoje em dia cultuamos. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">(Quer um exemplo de metodologia reconstrucionista? Aqui vão alguns: As religiões de matriz afro mais tradicionais que surgiram na América com a vinda dos escravos. São religiões que usaram as possibilidades do lugar onde chegaram, adaptando sua antiga fé, mas baseando suas práticas naquilo que resgataram das tradições originais dos povos de origem na África. Exemplo tosco, talvez, mas a idéia é essa. Adaptar a uma nova realidade, mantendo as estruturas que importam. Ou aquele pessoal que tenta resgatar formas mais primitivas de cristianismo.) </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Não é difícil ser reconstrucionista helênico. Existem páginas na internet em que você encontra todo o básico que é preciso ler para poder cumprir os ritos. Em português mesmo, você tem o ótimo site do <a href="http://sites.google.com/site/helenismo/">RHB</a>. Se consegue ler em inglês, eu recomendo uma lida no <a href="http://www.sponde.us/">Sponde</a>!. Mas de todo modo, a coisa é muito simples. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Tem algumas boas almas que mantem calendários online, então o trabalho mais bruto de saber quando os festivais acontecem, já que eles não coincidem com o calendário gregoriano, está feito, nós só precisamos usufruir. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Um ritual helênico é muito mais simples que um rito wiccano ou uma missa, porque é uma religião onde os sacerdotes não são o foco. O grosso do trabalho devocional era feito pelas famílias, e portanto o básico do culto é feito para que qualquer pessoa comum consiga lidar com ele.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Você não precisa ter todos os mitos decorados. Você não precisa ser especialista em todos os deuses e não, não precisa cultuar todas as centenas de deuses do panteão. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
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</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Você não precisa cumprir todos os festivais que estão no calendário. Pense um pouco nos católicos: eles tem dias santos quase todo dia. Mas cada católico cumpre apenas uma meia dúzia de festivais comunitários, e as festas de seus santos de devoção. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Com os recons é a mesma coisa: existem alguns festivais que quase todo mundo costuma cumprir e que acabam sendo mais comunitários (ou, no caso do Hellenion, existe a sugestão das libações mensais para cada olímpico), mas você vai celebrar os festivais que dizem respeito a suas necessidades de culto. Por exemplo - eu cumpro só dois festivais de Atena, mas cumpro todos os festivais a Dionísio que eu puder. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Existem muitos livros bons em português. Só a Ilíada e a Odisséia, a Teogonia, Os trabalhos e os Dias, e os Hinos Homéricos já são material para ler por um tempão. E se quiser ler autres modernos falando sobre os deuses, tem Vernant, Otto, Detienne, e mais uma porrada de autores que foram traduzidos. Inglês ou grego como segunda língua não é um pré requisito. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">E não precisa se assustar com aquilo que é preciso ler ou estudar. Se você estiver seguindo seriamente qualquer religião que seja, isso vai demandar algum estudo, alguma leitura, como qualquer coisa nova que se está aprendendo. Mas nada que vai ocupar todo o seu tempo e te deixar atulhado de coisas para ler, exceto se ler for um hobbie seu. Se ler for seu hobbie, ai sim vc pode passar muito tempo lendo. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Reconstrucionistas não tem pedigree. Ninguém aqui vai dizer que o jeito como você cultua os deuses está errado. O que nós vamos dizer, isso nós vamos mesmo, é que se alguém estiver dizendo que algo é feito como os antigos gregos faziam, e isso for uma mentira, nós vamos falar, “não, os antigos não faziam assim.”. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Nós não temos nada contra inovações: existem vários festivais modernos no calendário, todo mundo faz adaptações para adequar seu culto ao lugar e situação que vive. O que somos contra é alguém fazer propaganda enganosa de algo na tentativa de fazer com que uma prática se torne mais respeitável por ser antiga, tradicional, quando não é. </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">O Ruadhan, do <a href="http://urban.hellenistai.com/">Urban Hellenistos</a>, <a href="http://urban.hellenistai.com/?p=175">escreveu um texto muito bom sobre o assunto,</a> e eu vou traduzir (ou tradutosquear) aqui para vcs um trecho dele: </div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">(...)Então seria justo dizer que Reconstrucionismo Religioso seria dificilmente o ato de fazer algo exatamente como era ou como acontecia antigamente. Não que reconstrução não seja algo meticuloso, mas não é como deixar inteiro um vaso que foi quebrado – você ainda pode ver a cola mantendo os fragmentos juntos, e mais significativo, você pode ver que há fragmentos sendo mantidos juntos. Outra analogia popular é a de pegar uma casa que foi danificada por uma enchente ou um incêndio e reconstrui-la. Você não vai faze-la exatamente como era antes, você sabe. Se a casa era antiga o bastante para ter sido pintada usando tinta com chumbo na composição, boa sorte em conseguir fazer isso hoje em dia. Se ela era tão antiga, propvavelmente havia fiações, canos de água ou calefação que não se encaixam nas regras modernas – novamente, boa sorte com isso. Uma coisa que é reconstruída nunca é exatamente aquilo que era antes – se fosse exatamente como era antes, não precisaria ser reconstruído, isso é um fato básico.<span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><span lang="EN-US">(…)<o:p></o:p></span></div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">Reconstrucionismo religioso não é nada mais que formar uma hipótese, uma suposição educada, e em boa parte das vezes, formar várias hipóteses de como algo devia ser, ou que alterações no sistema elétrico você vai precisar fazer. Ainda que exista uma grande quantidade de evidências sobre o que os antigos helenos (e outras tribos) praticavam ou não e em que acreditavam, ainda existem muitos vazios a serem preenchidos com massa, muitos canos corroídos precisando de troca, e muitas questões cujas respostas originais há muito desmancharam em pó, mas essas questões ainda precisam de respostas (...) [sobre o blá blá blá de quem é ou não reconstrucionista] se você está de fato praticando sua religião em uma forma e espírito consistente com o da antiga Hellas, então isso fala por você. Se não está, é entre você e os deuses apenas para julgar se isso é impróprio ou ímpio.</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br />
</div><div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"> Então é isso. Espero que esse post sirva para começar a diminuir a idéia de que Reconstrucionismo Helênico é difícil ou não é para qualquer um, que seja preciso muito para ser reconstrucionista.</div>Sarah Helenahttp://www.blogger.com/profile/02751841840962257014noreply@blogger.com7