sábado, 16 de outubro de 2010

Dia 2 - Cosmologia

No fim de semana do meu aniversário, eu tive uma conversa interessantíssima com meu companheiro, meu primo e um amigo nosso. Nós fomos, literalmente, do fim do universo ao seu início. Discutimos física, biologia, antropologia, ficção científica, viagem no tempo.

A certa altura, embarcamos em uma interessante conversa sobre como a teogonia de Hesíodo tem relações possíveis com a visão científica do começo do universo. Mas sinceramente, eu gostaria mesmo que o André escrevesse sobre isso - ele vai fazer muito melhor do que eu.

Eu acredito ao mesmo tempo nos mitos de maneira literal e na ciência. E por mitos, não digo só os gregos, mas muitos outros. E não acho que isso seja contraditório. Acredito que a verdade é como a luz atravessando um prisma: cada reflexo é a verdadeira luz, e é diferente. Então, quando penso na criação do universo, penso na cosmogonia de Hesíodo, e penso no Big Bang, e penso nos aborígenes australianos.

Quando vejo uma tempestade se formando, ao mesmo tempo vejo a explicação científica e Zeus agrega-nuvens.

Eu poderia falar mais, mas eu travei nesse tema e quero ir adiante. QUando arrastar o André e força-lo a escrever eu coloco o link aqui.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Hellenion =)

Hoje, cheguei em casa do trabalho (quarta feira é meu dia ruim lá), e me esperava um envelope branco. Dei um gritinho histérico que quem me conhece sabe que significa "empolgação ao máximo" porque eu sabia muito bem o que era o único envelope que eu estava esperando.


Dentro do envelope, estava minha pastinha de boas vindas ao Hellenion. Cheia de coisinhas legais. 

Nas palavras deles mesmos: 


"A Hellenion é uma oganização dedicada à promoção e ao apoio à reconstrução do Politeísmo Helênico. Nossa sociedade e grupos locais afiliados trabalham para reviver, na prática moderna, os antigos rituais, práticas religiosas e crenças éticas da adoração dos Deuses e Deusas da antiga Grécia e outras áreas helenizadas do Mediterrâneo a cerca de 700 ATC a 394 DTC."

Ou, como a gente fala aqui em casa: é a igrejinha. 
É a organização que me dá um embasamento e apoio ao meu caminho como reconstrucionista. Eles tem um programa de educação de adultos que é ótimo, para se desenvolver e entender profundamente como as coisas são.  Ano que vem,assim que começar uma turma eu vou fazer essa formação.

Esse imã gigante foi uma das coisas que eu amei. Por causa da frase: "Os deuses do Olimpo vivem"

Acho que isso resume muita coisa, né. Os deuses vivem. E nós... nós os adoramos.

Eu poderia escrever muuuuito mais. Mas depois tem muito mais pra falar...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Dia 1-Porque Politeísmo Helênico?

Responder que o motivo são os deuses seria pequeno. Se fosse só pelos deuses, eu poderia ter continuado no caminho que eu estava trilhando, não precisava me preocupar em ser reconstrucionista. Então, o que foi esse algo mais que me trouxe para o reconstrucionismo?




Alexandre o Grande.

Quando eu tinha nove anos de idade e era uma pequena obcecada pela mitologia grega e egípcia, ganhei de presente o livro O Príncipe Invencível, um romance sobre a vida de Alexandre Magno para crianças. E aquilo me tocou, me comoveu, deu forma para aquilo que se tornaria quem eu sou.

Eu passei a buscar a ética e a virtude dos antigos helenos. Meu pai percebendo isso, alimentou meu fascínio, contando histórias, falando de filosofia, me dando livros. E eu cresci tendo como exemplos, como modelos, Alexandre, Leônidas, Diogenes, Epicuro,Sólon...

E sofrendo com o fato de que os deuses dos antigos gregos, e por consequência, os ideais que eu anelava, estavam mortos.

Descobrir o paganismo foi um alento. Mas descobrir o reconstrucionismo alimentou muito mais do que só minha fé. Eu descobri que eu tinha companhia no meu amor pelos antigos helenos, pelo seu jeito de fazer as coisas, e principalmente em sua virtude e ética.

Era isso que eu havia buscado toda a minha vida: não apenas a fé, mas a ética, a virtude, o ideal, a visão de mundo.

O que me levou ao reconstrucionismo? A virtude. A busca por aquilo que é belo e verdadeiro.

Meu amor pelos deuses, qualquer caminho pagão desde que vivido intensamente poderia me trazer (como me trouxe por anos). Mas a busca pela virtude... isso o reconstrucionismo me deu forças e companhia para seguir em busca.
 

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